O chamado da coragem - Resenha crítica - Ryan Holiday
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O chamado da coragem - resenha crítica

O chamado da coragem Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Courage is calling

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-5560-365-1

Editora: Intrínseca

Resenha crítica

A coragem originou todas as conquistas humanas

A coragem é a virtude humana mais valorizada. Ela está presente em cada pessoa. É algo que podemos demonstrar em um instante, em todo tipo de questão. Há infinitas oportunidades de pô-la em prática. No entanto, ela é muito rara. A razão é o fato de termos medo. Estamos ocupados em qualquer outra coisa.

Então, dizemos “agora não é um bom momento”. Preferimos ficar presos ao que é seguro. Deixamos que os outros sejam corajosos. O problema é que o declínio da coragem é o primeiro sintoma do fim. Todas as grandes conquistas humanas exigiram coragem, do Renascimento ao pouso na Lua.

Todas as grandiosidades vieram de pessoas que pensaram “se não eu, então quem?” Coragem é o que nos faz correr riscos. Envolve sacrifício, comprometimento e perseverança. Ela surge quando fazemos o que não conseguem ou não querem fazer , e que os outros dizem que não devemos fazer.

Ninguém conquistou a grandeza sem lutar contra as próprias dúvidas

O medo é o inimigo da coragem. Precisamos estudá-lo e nos familiarizarmos com ele. Triunfar sobre ele é a batalha que define sua existência. É isso no caso de todos que mudaram o mundo. Não há nada que vale a pena fazer que não seja também assustador.

Ninguém conquistou a grandeza sem vencer as próprias dúvidas, limitações, ansiedades e fantasmas. Cada um recebe seu chamado para se arriscar, desafiar o status quo, buscar algo do qual as pessoas fogem, ir além e fazer o que julgam impossível. Há muitas razões pelas quais parecerá a coisa errada a fazer.

Você enfrentará uma grande pressão para expulsar da sua mente esses sonhos. O medo sempre surge. Ele traz milhares de justificativas para não fazer. Nos detém, nos faz congelar e nos impede de cumprir nossos destino. O que você deve refletir é se vale a pena abrir mão do seu chamado por causa dele. 

Tenha medo. Mas não fique amedrontado

É fácil sentir medo. Os acontecimentos parecem se intensificar a qualquer hora. Você sente medo de perder o emprego, os bens e até de alguma coisa acontecer com sua família. Mesmo os estoicos sabiam que tínhamos reações involuntárias. Há incerteza por toda parte. Não é problema sentir medo.

O que importa é o que você vai fazer depois que o ápice do sentimento passar. Você não pode evitar o medo, mas também não deve ficar amedrontado. Essa é uma distinção importante. O temor é uma descarga emocional temporária, que pode ser perdoada. No entanto, estar amedrontado é perpetuá-lo.

O medo é útil, deixa-nos alertas e nos faz perceber o perigo. O estado amedrontado, por sua vez, enfraquece e paralisa. Não deixe o medo deter você. Sim, as coisas são perigosas. Elas assustam. Mas precisamos olhar para a frente, não para baixo. Ninguém faz um bom trabalho sob o efeito do medo.

A raiz do medo é o que os outros pensam de nós

A raiz da maior parte dos medos é o que os outros pensam de nós. Isso é paralisante, traz distorções e bagunça a realidade. Faz com que nos comportemos de formas covardes e insanas. Só que isso é enganoso. Quase tudo de bom que foi feito aconteceu sob objeções do status quo.

Muitas coisas que as pessoas amam hoje foram mal vistas na época de sua criação. Hoje, todo mundo finge que isso nunca aconteceu. Quem conquistou qualquer coisa só conseguiu ao passar por um mar de objeções. As pessoas preferem passar a vida em um emprego que detestam do que ter que justificar por que o largaram para optar por uma carreira menos estável.

Você não pode deixar o medo vencer. Quem nunca fez nada de importante sem irritar os outros. Não há mudança que não tenha sido recebida com dúvidas. Não há empresa inovadora que não tenha recebido avisos catastróficos de que iria falir. A opinião alheia nunca superará o nosso julgamento ponderado.

Os críticos não são numerosos, mas querem que você pense que são

Sempre achamos que há mais pessoas fazendo objeção do que realmente há. Até as contarmos. Os críticos não são numerosos, mas querem que você pense que são. Enfrentamos vários inimigos na vida. Só que eles não são tão formidáveis quanto nossa mente nos induz a acreditar. Em alguns casos, o temor é mútuo.

Se o seu medo é abordar uma pessoa famosa em uma festa, ter uma conversa séria com os filhos ou pedir um aumento ao chefe, ele não é só seu. O temor é coletivo. Você subestima o outro e o outro lhe subestima também. Quem entrevista você para um cargo também tem medo de falar besteira.

Todos temem a rejeição. Ninguém quer se comportar do jeito errado, independentemente do lado. O gerente decidindo se contrata você está tão nervoso quanto qualquer outra pessoa. Ele também finge. Essa noção nos dá confiança. Não somos os únicos a sentir isso.

As coisas serão difíceis

Não se preocupe refletindo se as coisas serão difíceis. Elas serão. Em vez disso, foque em como elas ajudarão você. Nossas cicatrizes e feridas se tornam experiências. Elas nos fazem ser pessoas melhores e nos prepararam para hoje, assim como este momento nos preparará para o próximo. Se fosse fácil, todo mundo faria. 

O risco não é um defeito, mas uma característica. Por isso, não tema as dificuldades. Seja como um atleta, cuja dificuldade no treino proporciona músculos ainda mais fortes. O filósofo estoico Sêneca até engrandecia a dificuldade. Para ele, quem vence sem perigo também vence sem glória.

O ativista Malcolm X dizia que não há coisa melhor do que a adversidade, porque ela traz a semente de uma lição para melhorar o desempenho na próxima vez. Não dá para confiar em si sem superar dificuldades. Você só acreditará     que pode vencer se já tiver vencido antes.

Assuma a ofensiva

Já passamos da metade do microbook e o autor conta a importância de se manter na ofensiva. Aja antes que os outros pensem em fazê-lo. Busque, seja lá o que for que esteja buscando, agressivamente. Quando somos passivos e agimos com medo, perdemos. Para termos sucesso, precisamos ficar na ofensiva.

Quando vivemos na coragem, o medo se torna menos tolerável. Quando agimos em função dos nossos temores, não temos chance. Não dá para vencer assim. O sucesso depende de tomar a ofensiva. Mesmo que você aja com cautela, é preciso um avanço constante. Defina você mesmo o ritmo, seja na batalha, seja na vida.

O autor conta que um repórter televisivo perguntou ao general James Mattis, que atuou na Guerra do Golfo, do Afeganistão e do Iraque, o que fazia com que ele perdesse o sono. Sua resposta foi: “eu faço as pessoas perderem o sono”. O general preferia intimidar em vez de ser intimidado.

A coragem reside entre a covardia e a imprudência

Sempre podemos desafiar nossos adversários. Temos mais poder do que parece. Não há impotência. Faça com que aqueles que tentaram lhe atrapalhar se arrependam de o terem feito. Comprometa-se com seu objetivo, independentemente dos outros. Seja corajoso, especialmente diante do cinismo e da crítica.

Uma pessoa pode liderar uma revolução justa ou um movimento insano. Por isso, meça a coragem com um nível básico de moderação. Seu lugar é entre a covardia e a imprudência. "Nem tanto 8 nem tanto 80”. Às vezes, nosso movimento requer abandonar muito do que conhecemos e somos acostumados a viver.

Em alguns casos, precisamos deixar um relacionamento ou um trabalho que não serve mais. Isso exige muita coragem. No entanto, é algo que vale a pena. Ser corajoso é algo que traz recompensas e vence nossa obsessão por autopreservação. A coragem também pode assumir a forma do heroísmo.

Tornando-se um herói

A história está repleta de exemplos de heroísmo. São pessoas que arriscam a própria vida para salvar a de outras. É a forma mais suprema de coragem. Quando os espartanos lutaram contra os persas, eles estavam em desvantagem. No entanto, combateram por seu país, por seus companheiros e por sua família.

Se a coragem é rara, o heroísmo é mais ainda. Ele desafia a lógica. No entanto, é uma forma nobre de amor. Ser corajoso é se colocar em risco. Ser heróico é fazê-lo por outra pessoa ou por uma causa. Quando estamos diante de um perigo real, não clamamos por gestores, cientistas ou planejadores lógicos.

Em vez disso, clamamos por um herói. É alguém que se apresente e faça aquilo que não faríamos por nós mesmos. Quando atende o clamor, o herói se coloca em um plano elevado. Os estoicos chamavam isso de “grandeza de alma”. Ela é rara, profunda e algo do qual você provavelmente só ouviu falar e nunca viu pessoalmente.

A liberdade não é de graça

A liberdade não é de graça. Sua conquista se deve a milhares de conflitos que aconteceram ao longo da história, liderados por heróis, desde os gregos contra os espartanos até os Aliados contra as potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Todos sentiram medo, mas optaram pelo seu oposto.

O oposto do medo é o amor. É amar o outro, as ideias, o próprio país ou a próxima geração. É isso que dá origem ao heroísmo. É a motivação para proteger alguém de um tiro, arriscar um emprego para confrontar um chefe opressor e lutar contra todas as probabilidades pelo que julgamos estar certas.

A coragem é insensata e o heroísmo, a forma mais elevada de amor, é insano. É a grandeza humana no seu nível máximo. Somos heróis quando transcendemos a lógica, a individualidade e até os impulsos biológicos de sobrevivência para fazer aquilo que ninguém quer fazer.

Criando um legado

A vida é imprevisível. Há muito que não sabemos. Nos assustamos com facilidade. Estamos sujeitos ao medo e à dúvida. A única forma de seguir é atacando o medo. Precisamos ser enfáticos e objetivos. A capacidade de fazer isso é a bravura. Quanto maior o sacrifício, mais alta é a glória.

Às vezes, partir exige mais coragem do que ficar. Um refugiado, por exemplo, abre mão de tudo que é familiar para um lugar completamente desconhecido. Geralmente, o faz para o benefício da família. Em outros casos, a coragem maior é para ficar. Alexei Navalny, opositor de Putin, enfrentou esse dilema.

Ele sofreu uma tentativa de envenenamento na Rússia e, depois de sair do país para se recuperar, decidiu voltar. Ele acreditava que poderia fazer um bem maior no seu país de origem. Estava disposto a correr o risco. Quando nos sacrificamos por uma causa, convidamos os outros a fazerem o mesmo. Criamos um legado.

O caráter é o destino

A coragem não é só uma virtude, mas a forma pela qual todas as outras se manifestam. É o caso da temperança, da sabedoria e da justiça. É impossível cultivá-las sendo amedrontado. Lute pelas coisas importantes da vida e verá que precisará de coragem para isso.

Não chegamos muito longe sem coragem. A crítica, a ridicularização e as dificuldades financeiras são teses. Amedrontados, ficaremos pelo caminho. Ser corajoso é o caminho, a espinha dorsal de tudo. Só que palavras não importam. Atos importam. A virtude não vale se ela existir só no papel.

Nada tem sentido sem a coragem para pôr em ação. Contemple a verdade e aja em função dela. O caráter é o destino. Isso significa que quem define suas ações é você. O ponto crítico é colocar isso em ação. Assim como só se torna escritor escrevendo, só se torna corajoso pondo essa virtude em prática.

Notas finais

O chamado da coragem usa exemplos históricos e referências estoicas para mostrar o papel da coragem nas conquistas humanas. É uma leitura inspiradora para quem quer tomar uma decisão difícil ou dar um novo rumo para a vida.

Dica do 12min

Ryan Holiday também é adepto da filosofia de usar as adversidades para progredir na vida. Em “O obstáculo é o caminho”, ele conta como usar a resiliência como meio de crescimento. Veja no 12 min!

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Quem escreveu o livro?

Ryan Holiday é um autor, marqueteiro e empreendedor americano. Além disso, é estrategista de mídia e Diretor de Marketing na marca American Apparel. Também é colunista de mídia e editor no New York Observer. Holiday começou sua carreira profissional depois de sair da faculdade aos 19 anos de idade. Frequentou brevemente a Universidade da Califórnia, Riverside, onde estudou ciência política e escrita criativa. Holiday trabalhou com Robert Greene, autor de The 48 Laws of Power, no livro best-seller do New York Times do autor, The 50th Law. Hoje, ele aconselha ou trabalha com uma variedade de autores mais vendidos, incluindo Max, Greene, Timothy Ferriss, Tony Robbins e Vani Hari, da Food Babe. Serviu como Diretor de Marketing para American Apparel e como conselheiro do fundador Dov Charney.Ele deixou a empresa em outubro de... (Leia mais)

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